Descobri que a nossa relação é frágil. Fraca. Cheia de problemas, dificuldades e barreiras. Você já reparou como estamos, na maior parte do tempo, nos preparando para a nossa próxima briga? Estamos sempre nos perguntando coisas como 'quanto tempo nós temos até tudo desmoronar?', 'um dia, um mês, um ano?', 'se eu me entregar, vou sofrer?', 'ela gosta de mim tanto quanto eu gosto dela?', 'quando tudo isso vai acabar?'. Nos transformamos em uma bagunça, duas pessoas que se perderam e se encontraram em um beco sem saída. E eu tenho que admitir, ás vezes você me sufoca. Ás vezes, é difícil continuar gostando de você. Ás vezes, você me tira tanto o ar que é quase impossível continuar respirando. Quase sempre, eu também sinto como se estivesse pisando em ovos, nunca em terra firme. Todas essas coisas me trazem excitação, mas também ansiedade. Uma ansiedade que me corrói e que acaba com o meu sono. Antes de dormir, todas essas dúvidas intermináveis me acertam em cheio e eu realmente considero ir embora. Mas eu não vou. Nunca vou. Não vou porque sei que nem todos os relacionamentos são perfeitos, sólidos e saudáveis, que apesar de toda a fragilidade, vulnerabilidade, ansiedade, dificuldade e interrogações, nós temos algo especial e extraordinário. Há beleza na nossa bagunça. 

QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

LEIA TAMBÉM!