Ninguém nunca me entendeu
Eu sempre fui aquela coisa frágil, estranha,
Perdida, deslocada,
Esquisita, incômoda
Mas não foi sempre assim...
Eu quis ser igual a você
Não me preocupei com as mudanças
Tentei entender
Sim, eu crescia sozinha
Numa sala de estar
E você sabia
Você sabia!
O tempo todo
Sabia que eu estava precisando de ajuda,
Sabia que alguma coisa estava acontecendo
Mas você fechou os olhos...
Você estava lá, discutindo sobre os seus problemas
Preocupada com a sua roupa do dia seguinte
Escolhendo os seus vestidos
A sua maquiagem...
Com quem eu ia conversar?
Estavam todos ocupados
Ninguém nunca entendeu as minhas manias,
Os meus trejeitos
Não, ninguém se importou
Com as pilhas de sapatos
Que cresciam a cada dia
Não gosto de salto alto
Você sempre soube

QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

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