Os dias andam tão diferentes, você não vê?
Alguma coisa mudou
Eu sei que você se pergunta se eu ainda penso em você
Por anos essa foi uma questão com uma resposta tão simples
Mas o tempo passou, querida
Não sei ao certo como aconteceu, mas
Eu acho que não sou mais aquela pessoa
Que você costumava conhecer tão bem
E pra mim tudo certo, na verdade
Acho que já estava na hora 

Eu cansei de todos me perguntarem
Cansei de fechar portas
Cansei de não me permitir
Então eu mergulhei
Como se isso fosse uma questão de vida ou morte
E descobri que era, na verdade 

Você pode se perguntar
Você pode me perguntar
A resposta será a mesma 

Quando eu me deito, não penso mais em você
Quando eu imagino o futuro, me encontro feliz
Quando novos caminhos se abrem, eu os sigo
E quando os dedos dela se entrelaçam aos meus
Eu finalmente entendo o que todos diziam
Quando falavam que eu merecia um amor tranquilo

Então eu liberto você
Sim, eu liberto você
E me liberto
É isso que sempre precisei fazer

Quanto tempo perambulei no escuro?
Quantas realidades alternativas criei?
Eu procurei por culpados
Me culpei, culpei você
Me perguntei se algum dia ficaríamos juntas
Querida, quanto tempo eu perdi?
Eu sei que não é o momento, mas talvez disso eu precise me culpar 
E eu não posso mais,
Eu não quero mais
Não, não, não 

Então eu respiro, porque preciso
Eu sigo em frente, porque é o certo
Emergindo, sinto que estou renascendo
E eu te deixo ir 
Eu te deixo ir
Sim, te deixo ir
Enfim, querida
Eu te deixo ir 

QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

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