Um dia você se pegará sentado na cama, pensando em todos aqueles sonhos que você deixou para trás. Você ficará confuso, se perguntando porque aqueles pensamentos estão invadindo sua mente agora. Justo agora. Você perderá a concentração, o senso de direção da sua vida. E então, por um segundo, apenas por um segundo, você se transportará para aquela época. A época onde tudo parecia ser fácil. A época em que você ainda estava ao lado dela

O tempo, a sua memória, tudo conspirará contra você. É neste momento em que você percebe que sua vida se tornou melancólica, um emaranhado de coisas, pessoas e momentos sem sentido. E nada do que você faça, absolutamente nada, pode apagar o fato de que você é autodestrutivo (e gosta disso). É parceiro. Ela se foi há três anos, mas você ainda pensa naqueles cabelos vermelhos. Mas tudo bem. Você pode conviver com isso. Não pode? 

Talvez seja falta de paciência, vontade ou empatia, mas você nunca conseguiu seguir em frente. Várias outras mulheres passaram por sua vida, sua cama, seu coração, mas nenhuma delas te tocou como ela tocou. Você nunca esqueceu. Nunca. Cada detalhe está guardado na sua mente, como se fossem pequenas joias raras. E nesses raros dias, onde você deixa todas essas verdades transbordarem do seu peito vazio, você percebe que sua vida é um filme que não se cansa de se repetir, só porque você é tolo o suficiente para nunca conseguir entender o enredo.

Respira, respira, respira. Foco. 

Está tudo bem. Essa é só mais uma de suas recaídas. A terceira neste mês.

Amanhã será outro dia. 


QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

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