Eu pensei que poderia seguir em frente
Que poderia virar a página
Te esquecer, amar de novo
Mas então você aparece em minha porta
E a chama se reacende
Droga, eu me sinto como uma viciada

Você disse que poderíamos ser apenas amigas
Que poderíamos se divertir como costumávamos fazer
Rir juntas, compartilhar segredos
Mas então você me liga no meio da madrugada
E é impossível não se sentir esperançosa
Sinto que estou condenada

Você tem noção do quanto me machucou?
Do quanto foi má?
Do quão mal para mim?
Querida, eu costumava me martirizar
Mas agora sei quem é a verdadeira vilã
Eu me rendo
Chegou a hora de dividir a culpa com você

Então, me autodeclaro prisioneira
Mas desta vez estou clamando, implorando
Deixe-me ir, deixe-me ir 
Para qualquer lugar distante
Qualquer lugar longe de você 
Dos seus jogos, das suas mentiras
Da sua empáfia maldita

Você me mutila
E tira todas as coisas boas de mim
Me enlouquece e me incendeia
Você disse "dessa vez será diferente"
Mas a verdade é que nada mudou
Eu ainda estou esperando por uma mensagem tua

Ah, estou presa outra vez no velho ciclo
Passando pela rua da sua casa
É preciso que ele pare o carro, assim terei alguns segundos
Acho que vi um vislumbre seu na janela
Será que enfim enlouqueci?
Eu jurei para mim mesma sair dessa
Jurei não voltar atrás
Então porque estou aqui?

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QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

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