Quando eu estava com ele, eu me sentia satisfeita... mais satisfeita do que um dia esperava estar. Eu me sentia feliz, alegre, completa. E não sentia mais vontade de fugir - porque eu sentia que, pela primeira vez, eu pertencia a algum lugar. Mas esse foi o problema, sabe?

Eu precisava mais dele do que ele de mim.

Nós começamos a brigar. Nos afastamos. E, por fim, terminamos. Meses depois, eu fiquei sabendo. Ele se apaixonou por outra pessoa. Ele se apaixonou novamente, e agora todas as suas memórias, incluindo a mim, são apenas nuvens que ele não quer e não precisa mais encarar.  E o que eu deveria fazer? Obrigá-lo a me encarar? Obrigá-lo a não me esquecer? Obrigá-lo a voltar para mim? Que bobagem. Se eu fizesse isso, estaria apenas adiando o inadiável. Eu estaria me enganando. 

Eu não posso obrigá-lo a manter uma conexão comigo, mesmo que essa conexão seja apenas de amizade ou pena. Isso é egoísmo. 

Que ele seja feliz, então.

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QUEM ESCREVEU?

Iule Karalkovas
30 anos. Tem um gato chamado Alycia. Sonhadora, poeta, crítica. Ama escrever. Começou o VIDA E ÓCIO em 2012 e até hoje mantém postagens não tão regulares.

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